sábado, 13 de setembro de 2014

Independência da América Espanhola

Desde que a América foi colonizada, as metrópoles europeias adotaram práticas que eram prejudiciais às colônias, como por exemplo, as leis regidas pela coroa espanhola e o fato dos colonos não poderem comprar nem vender seus produtos para outro país que não fosse a Espanha.
Os princípios do Iluminismo, as ideáis da Revolução Francesa, juntamente com as práticas que prejudicavam ás colônias, levou o povo a desejar a independência. E eles tiveram essa oportunidade quando Napoleão Bonaparte começou a controlar os territórios da Espanha e de Portugal, porque assim eles poderiam aproveitar a fragilidade política que a Espanha estava sofrendo.

Muitas das classes latino-americanas estavam insatisfeitas com a metrópole europeia, mas apesar de índios, negros e mestiços terem feito várias rebeliões, a independência só ocorreu quando os criollos começam a participar desse processo, já que muitos destes tinham estudado na Europa e conheciam muito bem as ideias iluministas para aplica-las na tentativa de libertação das colônias.

Exemplo de família criolla


Os criollos eram filhos de europeus nascidos na América e estavam insatisfeitos com a situação, pois apesar de serem a elite econômica e cultural, não podiam exercer cargos políticos e, já que muitos deles eram comerciantes, não poderiam ter maiores lucros vendendo suas mercadorias, já que tudo "passava pela mão" da Europa.

No processo de independência, houve muito derreamento de sangue, já que ocorreu a resistência militar espanhola.

As colônias espanholas
As colônias espanholas que haviam na América foram organizadas assim:
Vice-reinos: Peru, Rio da Prata, Nova Espanha e Nova Granada
Capitanias gerais: Cuba, Chile, Venezuela e Guatemala



A maioria se tornou independente no início do século XIX e os vice-reinos foram divididos e se transformaram em países (como por exemplo o Rio da Prata que se transformou nos atuais: Uruguai, Argentina, Bolívia e Paraguai), e estes, adotaram o sistema republicano.


Alguns personagens importantes:

  • Símon Bolívar




Foi o personagem mais importante na história da independência dos países latino-americanos. Nasceu em Caracas em 1783, estudou na Venezuela e na Europa e depois de completar seus estudos entrou no exército. Seu objetivo era libertar as colônias espanholas e unir elas em uma única nação. Depois de obter várias vitórias com os espanhóis, Símon libertou os territórios que hoje correspondem a Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela, e com esses territórios, formou a República da Grande Colômbia, onde foi nomeado presidente. Em 1824 ajudou na libertação do Peru e um ano mais tarde também foi nomeado presidente da Bolívia. Porém, seu projeto de unir as repúblicas hispano-americanas sofreu dificuldades que não puderam ser superadas, como por exemplo: as diferenças ideológicas, os problemas locais e a crise econômica. As consequências não demoraram pra chegar: em 1827, Simón teve que renunciar a presidência do Peru e em 1828 foi proclamado ditador para tentar impedir a divisão da Grande Colômbia.


  • José Maria Morelos


Foi um dos primeiros líderes da luta pela independência do México da Espanha, até ao seu julgamento e execução pelo Santo Ofício. O padre Morelos defendia ideias liberais, como a abolição da escravidão diminuição de impostos e aceitação de colonos em cargos civis e militares. Estes ideias desagradavam a elite criolla, que passou a liderar o movimento. Morelos é um herói nacional do México e sua efígie foi usada no peso mexicano de 1947 até aos anos 70.
Bibliografia: http://www.historiadigital.org/

  • Agustín Iturbide


Don Agustín I do México foi um político e militar mexicano cujas campanhas contribuíram significantemente para a Independência do México e da América Central. Foi coroado Imperador do México em 1822 com o nome de Agustín I, tendo reinado até 1823. As pressões exercidas sobre ele por parte dos seus opositores políticos, na Cidade do México, obrigam-no a abdicar.
Bibliografia: http://www.historiadigital.org/


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Revolução Industrial

A Revolução Industrial é um "conjunto de transformações econômicas que se processaram na Inglaterra a partir do século XVIII e que no século XIX se expandiram para a Europa, Estados Unidos e Japão, sendo sua principal característica o surgimento da máquina".

A Inglaterra, "saiu na frente" no processo de Revolução Industrial, por causa de diversos fatores, entre eles:
  ♦ Ela tinha a principal fonte de energia para as máquinas e locomotivas a vapor: o carvão;
  ♦ Ela tinha em grandes quantidades a principal matéria-prima utilizada no período: o minério de ferro;
  ♦ Existia mão-de-obra disponível em abundancia (muitos trabalhadores procurando emprego);
  ♦ A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas, e contratar empregados.

  • Principais invenções tecnológicas
  ♥ Locomotiva a vapor (Para mais informações, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Locomotiva_a_vapor);



  ♥ Lançadeira volante (Para mais informações, acesse: http://trabalhadornapolitica.blogspot.com.br/2012/08/primeira-inovacao-lancadeira-volante.html);



  ♥ Tear mecânico (Para mais informações, acesse: http://pt.scribd.com/doc/37651201/O-tear-mecanizado-e-um-dos-principais-simbolos-da-Revolucao-Industrial);



  ♥ Máquina a vapor (Para mais informações, acesse: http://historiadafisicauc.blogspot.com.br/2011/06/james-watt-e-maquina-vapor.html).



  • O trabalho
As condições das fábricas eram precárias: pouca iluminação, ambientes abafados e sujos. Os salários eram baixos, além disso, mulheres e crianças também podiam ser "contratadas". Os operários trabalhavam até 18 horas por dia e ainda estavam sujeitos a castigos físicos por parte dos patrões. 


  • Movimentos Operários
Ludismo: Os trabalhadores estavam revoltados, pois tinham sido trocados por máquinas, então, invadiram as fábricas e quebraram-nas. Alguns esquadrões andavam armados e durante a noite iam de um distrito ao outro quebrando tudo que viam pela frente, mas, muito desses foram presos e até mesmo mortos. O ludismo ocorreu durante alguns anos, até que os manifestantes perceberam que não deveriam reagir contra as máquinas, e sim contra os seus donos, que faziam mau uso delas, abusando da mão-de-obra dos trabalhadores.


Cartismo: Constituído pela "Associação de Operários" e liderado por Feargus O'Connor e William Lovett. Através da chamada "carta do povo", eles reivindicaram o direito de votar, o voto secreto e melhorias nas condições e jornadas de trabalho. No início, a carta não foi aceita pelo Parlamento, o que causou muitos movimentos e revolta. Depois de algum tempo, o Cartismo começou a se dissolver, mas o espírito do movimento não se perdeu, e por causa disso ganhou maior presença política, fazendo com que algumas leis trabalhistas fossem criadas. 

 
                                  
  • Socialismo utópico
Foi caracterizado pelo fim da propriedade privada ("Propriedade privada compreende o direito de usar, aproveitar e dispor de uma determinada coisa, de modo absoluto e exclusivo"). Teve como principais representantes: Robert Quien, Saint Simon e Louris Blank.

  • Socialismo científico
Foi criado por Karl Marx e Friedrich Engels, que desenvolveram a teoria socialista, a partir da análise crítica e científica do capitalismo, em reação contrária as idéias espirituais. 


  • Anarquismo
Pode ser definido como uma doutrina ("conjunto de princípios que servem de base a um sistema, que pode ser literário, filosófico, político e religioso") que defende o fim de qualquer tipo de dominação, ou seja: "ausência de governo".

  •  Comuna de Paris
Foi o primeiro governo operário da história. Em 1871, decretou:
  ♣ A separação entre Estado e Igreja;
  ♣O fim do trabalho noturno nas padarias;
  ♣ Reabertura das fábricas.

  • Rerum Novarum
É uma encíclica ("Carta solene, dogmática ou doutrinária, dirigida pelo papa ao clero do mundo católico, ou somente aos bispos de uma mesma nação") escrita pelo Papa Leão XIII para os bispos. Nela, o Papa falava sobre a condição dos operários. Ele apoiava o direito dos trabalhadores formarem sindicatos, mas rejeitava o socialismo e defendia os direitos à propriedade privada.


Papa Leão XIII

  • Consequências
Para finalizar, eu fiz alguns slides no site "prezi" sobre as consequências da Revolução Industrial. Segue o link: http://prezi.com/li6idhge6txu/revolucao-industrial/

Beijos, Isadora.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

É melhor ser amado ou temido?

"Esse tema girou em torno do livro "O príncipe" de Nicolau Maquiavel (1469-1527). A resposta, é dada no capitulo XVII, exatamente no seguinte trecho:

"Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado. Isso porque dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho; e, enquanto lhes fizeres bem, são todos teus, oferecem-te o próprio sangue, os bens, a vida, os filhos, desde que, como se disse acima, a necessidade esteja longe de ti; quando esta se avizinha, porém, revoltam-se. E o príncipe que confiou inteiramente em suas palavras, encontrando-se destituído de outros meios de defesa, está perdido: as amizades que se adquirem por dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de alma, são compradas mas com elas não se pode contar e, no momento oportuno, não se torna possível utilizá-las. E os homens têm menos escrúpulo em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça temer, posto que a amizade é mantida por um vínculo de obrigação que, por serem os homens maus, é quebrado em cada oportunidade que a eles convenha; mas o temor é mantido pelo receio de castigo que jamais se abandona."

Resumindo: É melhor ser temido do que amado, por causa da natureza traiçoeira do homem, que não se importariam com o príncipe, ao menos que o governo dele esteja erguido e ainda possa garantir os seus benefícios. Se esse príncipe foi temido, ou seja, respeitado, esse respeito é passa de uma opção para uma obrigação.

No capitulo XIX, Maquiavel completa ainda mais essa afirmação, dizendo assim:
"(...) que o príncipe pense em fugir àquelas circunstâncias que possam torná-lo odioso e desprezível (...)"

Com essa afirmação, podemos tirar a seguinte conclusão sobre esse tema:
Um príncipe pode ser amado e temido, mas NUNCA odiado!



Beijos, Isadora.