segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

É melhor ser amado ou temido?

"Esse tema girou em torno do livro "O príncipe" de Nicolau Maquiavel (1469-1527). A resposta, é dada no capitulo XVII, exatamente no seguinte trecho:

"Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado. Isso porque dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho; e, enquanto lhes fizeres bem, são todos teus, oferecem-te o próprio sangue, os bens, a vida, os filhos, desde que, como se disse acima, a necessidade esteja longe de ti; quando esta se avizinha, porém, revoltam-se. E o príncipe que confiou inteiramente em suas palavras, encontrando-se destituído de outros meios de defesa, está perdido: as amizades que se adquirem por dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de alma, são compradas mas com elas não se pode contar e, no momento oportuno, não se torna possível utilizá-las. E os homens têm menos escrúpulo em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça temer, posto que a amizade é mantida por um vínculo de obrigação que, por serem os homens maus, é quebrado em cada oportunidade que a eles convenha; mas o temor é mantido pelo receio de castigo que jamais se abandona."

Resumindo: É melhor ser temido do que amado, por causa da natureza traiçoeira do homem, que não se importariam com o príncipe, ao menos que o governo dele esteja erguido e ainda possa garantir os seus benefícios. Se esse príncipe foi temido, ou seja, respeitado, esse respeito é passa de uma opção para uma obrigação.

No capitulo XIX, Maquiavel completa ainda mais essa afirmação, dizendo assim:
"(...) que o príncipe pense em fugir àquelas circunstâncias que possam torná-lo odioso e desprezível (...)"

Com essa afirmação, podemos tirar a seguinte conclusão sobre esse tema:
Um príncipe pode ser amado e temido, mas NUNCA odiado!



Beijos, Isadora.

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